música

O meu marido instalou a nossa velha hi-fi no quarto do nosso filhote e eu estou tão contente. Assim, ele já pode dormir a ouvir música, com um bom som, ao contrário do que andava a fazer de há umas noites para cá, em que ouvia num rádio a pilhas, com mais interferência que música.
Gosto tanto da ideia do meu menino dormir com música.
Eu adormecia sempre com música e sabia-me tão bem!

o início do fim das histórias da carochinha...

- Mãe, o Pai Natal existe?
- Oh, então? Porque fazes esta pergunta?
- Mãe, eu acho que tu e o pai é que compram as ofertas.

E lá tive de dizer que nós é que compramos as ofertas. Confirmei a custo mas aproveitei para dizer que é por este motivo que nem sempre podemos comprar o que ele quer.

-Então, o Pai Natal não existe?

Existe. Era o senhor velhote mais lindinho que eu já vi. Gordinho, barba branca, olhos azuis meigos. Quando o vi, pensei logo: é o Pai Natal. E neste momento, o senhor olhor para mim e sorriu com os olhos.
Pode não entregar presentes como sempre dissemos, mas existe sim!

7 anos

Ontem fez 7 anos que fui para o hospital com as dores de parto.
Depois de muito push pushhh, senti-o sair e meteram-no em cima de mim
O meu menino!
E a primeira coisa que pensei, não foi o que a maioria das mães pensa.
Foi: "Grande nariz!"
E sim, tem um nariz lindo!
E é lindo o meu menino.
E ontem estava tão feliz com a sua festa de anos!
E eu tão feliz por ele!

inocência

Não sou pelo Halloween, mas confesso que sabe tão bem ver a inocência do meu filho ao julgar que irá assustar todos com os seus dentes de vampiro.
Os olhos brilharam  quando se aproximou de algum colega, certo que este tinha apanhado o susto da sua vida.
E eu, fugazmente, a reparar na deliciosa expressão do "sou eu!" quando tirou os dentes, para despreocupar quem sem uma pinga de sangue ficou...

solidariedade comilona

Estava o meu filho a comer M&M's e estico a minha mão para lhe pedir uns.
Deu-me dois, a custo.
Eu quis mais um.
Recusou.
Fiz queixinhas ao meu marido:
-O teu filho, grande comilão e esganado, não me quer dar mais chocolates!
O meu doce esposo, guloso solidário, entendeu a esgana do filho e responde-me:
- Claro! Quando toca ao dente, não se olha a cavalo.

hip not hop

Hoje decidi improvisar um rap, ou melhor, um Hip-Hop enquanto transmitia um recado ao meu filho.
Achei que estava a dominar e as rimas fluiam...
Mas o meu filho interviu:
- Para (1) mãe! Estás a assustar-me.

(1) Oh sim... Agora o Pára, o de Stop, o de basta deixa de levar acento segundo o novo acordo ortográfico...
Vejam esta: O carro para para não bater. Lindo, não?

1.º dia

Hoje foi o primeiro dia de aulas do meu menino.
Há hora de almoço, veio com uma cara triste a queixar-se que nem tinha tempo para descansar os braços ou as pernas...
É assim, a vida de malandro.
Mas partiu-me o coração.

x-files

Num destes dias de sol, dirigímo-nos à praia de água d'alto mas não conseguimos lugar de estacionamento.

Aí, o meu filhote, muito surpreendido, diz-nos:

-Mas como não há lugar? Tem tão pouca gente na praia!

Até meu filho reparou neste fenómeno x-files.

Eu cá não faço a mínima.

relax...

Não há neste mundo, nada nem ninguém mais importante que o meu filho, mas quando ele me diz que não quer ir à praia comigo, porque tem de ir ao ATL jogar com os amigos, não caibo em mim de contente por saber que, a minha única preocupação na praia, será manter o bronze minimamente uniforme.

E hoje o dia esté tão, tão lindo...

quebra de protocolo

O meu filho desconhecia o protocolo dos banhistas de praia.
Depois de muito brincar com as ondas, dirige-se a mim, com a mão nos calções, a fazer pinça sobre a pilinha e diz-me:
- Mãe, quero ir à casa de banho.
Afastados de qualquer W.C., disse-lhe logo:
- Oh filho, faz na água. Podes fazer, isto não é a piscina. Aqui tem muita, muita água.
Muito contrariado, lá foi ele em direção ao mar, mas pára justamente onde as ondas morrem, baixa os calções, saca da pilinha para fora e começa a fazer chichi para a borda de água... como se estivesse a fazer contra um muro...

hell

Às vezes, apercebo-me das diferenças na educação que o meu filho tem, da educação que eu própria recebi, através de conversas como esta que ele teve com a minha afilhada, sua prima:
- ... e aquele era o fantasma do inferno!
- o que é o inferno?
- o inferno é o sítio onde as pessoas morrem.

No meu tempo, com esta idade, o Inferno era uma arma frequentemente utilizada para nos impedir de fazer certas coisas que os pais não queriam que fizéssemos ou mesmo para nos transmitir valores com a pena de, se não fossem cumpridos, irmos direitinhos para o inferno.
Agora, nem sabem o que isto é.
E não lhes faz a mínima falta.
E a mim, também não!

leite

Num momento de "faz de conta", meu filho pega num brinquedo e finge que é um telemóvel e que está receber uma chamada:
- Sim? Vocês querem que eu forneça leite de pokêmon caç'am? Mas não tenho nada aqui comigo!... Vou ver o que posso fazer, mas é muito leite de pokemón caç'am. Não sei...

E desligou!
...
- Mãe, eram uns amigos meus. Queriam que lhes entregasse leite de pokémon caç'am. Eu é que sou o fornecedor.
- Oh filho, eu não sabia que os pokémons caç'am eram meninas!
- Oh mãe, que tolice. Não são. São rapazes.
- Mas filho, os machos não dão leite. (cof cof). Só as fêmeas. (neste momento, eu já estava a suar frio só de pensar que o meu menino estava a perder a inocência)
- Mas estes dão porque são muito raros.
- Mas como se não têm maminhas?
- Mãe, não dão pelas maminhas. Eles vomitam leite!

Vomitar leite... é tudo uma questão de perspectiva.

milk

Estou convicta que, se eu comprar uma vaca leiteira e metê-la no meu quintal, recuperarei o dinheiro investido num instante, pelo simples facto de deixar de comprar pacotes de leite.
É que o meu rapazola bebe leite "na cabeça de um tinhoso".

enjoos

A minha dearest prima está grávida e todas as manhãs anda a enjoar.
Vomita água.
Que se mantenha assim, sempre à mesma hora e controlado entre 4 paredes: as do W.C.
A minha gravidez foi, até aos 4 meses, prolífera nos vómitos.
E não se limitava à casa de banho.
Eu trazia sempre na mala uns sacos de plástico porque vomitava muito. Até tive de encostar o carro na via rápida para vomitar.
Era uma cena bem triste de se presenciar.
Chegava a vomitar 4 a 5 vezes por dia e para o final, sentia a minha garganta como que queimada de tanto suco gástrico que decidia sair.
Depois deste tempo, os enjoos cessaram e o apetite que sempre tive, fez-me engordar e bem: 20 Kgs!
Ou seja, terminei a gravidez com uns míseros 95 kgs.
Parecia um planeta!
E sentia-me como um.

experiências

Isto de se ter um filho que toma duche sozinho, com 6 anos, é muito bom, mas dispendioso.
Para além do gasto tremendo de água e gás, a despesa com os produtos de higiene é enorme.
É que notei que certos cremes e óleos de corpo andavam a "desaparecer" a olhos vistos.
Ter um rapaz que quer tomar banho sozinho mas que acha que é cientista, dá nisto.
Em qualquer tampa ou mesmo na esponja, ele decidiu misturar óleos perfumados, com gel de banho, com Halibut e com champô.
O resultado pretendido seria uma pele extra suave, mas na realidade, foi um "rombo" na carteira.

nível zero!

- Olha filho, está ali o João, o teu amigo de escola!
- Ei mãe, eu não gosto nada do joão. Ele está sempre a chatear-me. É o meu pior amigo de todos. Ele é nível zero!

vocabulário mal aplicado

-Mãe, podemos passar em casa para ir buscar um brinquedo?
- Oh filho, mas já estamos a caminho do centro.
- Oh mãe, eu só quero ir buscar um brinquedo e tu fazes-me um insulto destes?

herpes

- Mãe, o que é isto que tens na boca?
- É herpes. Não te posso dar beijinhos.
- Oh mãe, isto quer dizer que não podes dar beijos no pai também?
- Sim. Não posso dar beijos nele.
- Oh mãe, mas não pode ser. Vocês são namorados!
- Não te preocupes que não vemos deixar se ser namorados por causa disto.

(Famosas últimas palavras?)

Ao piri

- Pai, o que meteste nesta comida para estar tão picante?
- Piri- piri, filho!
(Silêncio)
- Mãe, Piri-piri não é o nome que tu dás ao meu padrinho?

amiga

Depois de muita brincadeira com a minha afilhada M, digo ao meu filho:
- Hoje consolaste-te a brincar com a tua "amiga".
- Ai... tu não digas que ela é a minha namorada!
- Eu não disse isto. Eu disse amiga.
- Mas ias dizer namorada.
- Achas? O que te levou a pensar isto?
- É porque disseste amiga com uma voz doce. E ela não pode ser minha namorada. Ela está apaixonada por outro.
- Ai sim?
- Sim. Um rapaz da escola dela.
- Hum. Interessante. E isto não te incomodou nem um pouco?
- Não. Ela é minha amiga... Vamos deixar de falar neste assunto, está bem? Sempre namoradas, namoradas... Pfuuu!

dúvidas ll

Enquanto eu conduzia, ele olhava a paisagem.

-Mãe, e se o Inverno se misturasse com o Outono?

- Não sei filho. O que aconteceria?

- Hum... talvez muita neve e árvores ainda com folhas.

- Mas cá não há neve.

- Sim, mas existe noutras ilhas (países, digo eu) e elas ficariam com neve cheia de folhas castanhas. 

Imaginei o quadro e gostei! O branco da neve com apontamentos castanho mel!

dúvidas

Ao deitar:

- Mãe, há um número maior que três biliões e sessenta?

- Há! o 3 biliões e 61.

- E maior que este há?

- Claro. Muitos mais. Os números nunca acabam. É infinito. Há sempre mais um.

- Sempre? Nunca mais acaba? uauu! Mas não pode ser. Como é que voltamos ao 1 outra vez?

meu filho estava no sótão a ver desenhos animados, quando sinto a sua voz:
- Ó mãe, tu não dizes que eu tenho uma imaginação enorme?
- Sim filho. e tens! Porquê?
- Porque está a dar na canção do Rucca que ele tem uma imaginação do tamanho do mundo!

conhecem o jogo da cueca?

porra

Enquanto o gato atacava o meu filhote, ele aborreceu-se:
- Possa Nico! E depois digo Porra!
- Ei lá, quem é que te ensinou este palavrão?
- O pai. O pai diz porra às vezes. E não é palavrão.

Maridão já se defendeu negando dizer palavrões.
Mas sou capaz de jurar que ouço um porrinha quando ele está a ver futebol ou a ouvir a quantas anda o nosso país!

quem é que se anda a queixar, hum?

Decidido a fazer uma chantagem porque não o deixei comer bolachas, o meu filho dá o golpe de misericórdia:
- E qualquer dia fico com rins!
- Hum?
- Vais ver. Se alguém me der um pontapé nas costas, vou ficar com rins.
- Mas toda a gente tem rins.
- Não tem nada. Os rins são para doer.

Pokemon addict

enquanto dava banho ao filhote...
- A primeira coisa que disseste foi ma, de mamã.
- e depois?
- Depois foi bo, de bola.
- Depois?
- Depois foi pa, de papá.
- E pok? Eu não dizia pok, de pokemon?
- Não! Nem sabias o que era.

... (esfregando-o com o puff)

- Mãe, isto magoa um pouco. Prefiro a esponja. É mais confortável.
- Mas isto é bom para limpar a pele. Sabias que o pó das casas é, em grande parte, células mortas da pele?
- O pó? Mãe, pó rima com pók! PÓKEMON! Acho que foi a primeira palavra que eu disse.
- NÃO FOI NADA. FOI MÃ!

raios parta o pequeno com os pokemons.

POKEPOST

Li o último post ao meu filho.
Ele então fez-me um pedido.
Este:

POKEMÓN CAÇA.

POKEMÓN ÁGUIA

POKEMÓN BÚFALO

POKEMÓN LENDÁRIO!!!!!!!

Só para ficar aqui registado!

sinceridade tolinha

Mostrando os Alfas ao meu filhote e tentando induzir o gosto dele para o meu alfa, ele diz-me:
- Eu gosto do teu, mas não poderias ter feito mais bonitinho? Assim poderias ganhar.

obrigatório

Estando eu no facebook, meu filho aparece:


- Tens facebook!
- Tenho.
- Mete nos jogos.
- Não quero. Não gosto dos jogos.
- Ahh! Tu não devias de ter facebook!

St. valentin

-Mãe, o que vais oferecer ao pai?
- Mas o pai já fez anos.
- Mas é pelo dia dos namorados.
- Vou oferecer beijos na boca!
- Oh mãe, mas isto já o fazes. Oferece-lhe outra coisa. Uma carta de amor!

obras

Vem agora o meu coração dizer-me que temos de fazer obras na chaminé.

- Esta é muito estreitinha. O pai Natal não vai caber lá quando chegar o Natal! Precisamos de fazer uma nova e bem mais larga.

Tem calminha, ok kidó? Aguenta mas é os cavalinhos. Para o próximo Natal a verdade será revelada. Antes que as obras aconteçam.

volta

Ando arredada deste blogue.

Não estou de mal com ele.

Nem com o meu menino.

Mas se mal escrevo num, pior em dois.

No entanto, quero voltar.

Giro, giro para o regresso, seria relatar aqui o filme que foi o nascimento do meu filho, há mais de 6 anos atrás.

Boa?

Não sei...

É caso para se pensar.