segunda-feira, 11 de julho de 2011

hell

Às vezes, apercebo-me das diferenças na educação que o meu filho tem, da educação que eu própria recebi, através de conversas como esta que ele teve com a minha afilhada, sua prima:
- ... e aquele era o fantasma do inferno!
- o que é o inferno?
- o inferno é o sítio onde as pessoas morrem.

No meu tempo, com esta idade, o Inferno era uma arma frequentemente utilizada para nos impedir de fazer certas coisas que os pais não queriam que fizéssemos ou mesmo para nos transmitir valores com a pena de, se não fossem cumpridos, irmos direitinhos para o inferno.
Agora, nem sabem o que isto é.
E não lhes faz a mínima falta.
E a mim, também não!

leite

Num momento de "faz de conta", meu filho pega num brinquedo e finge que é um telemóvel e que está receber uma chamada:
- Sim? Vocês querem que eu forneça leite de pokêmon caç'am? Mas não tenho nada aqui comigo!... Vou ver o que posso fazer, mas é muito leite de pokemón caç'am. Não sei...

E desligou!
...
- Mãe, eram uns amigos meus. Queriam que lhes entregasse leite de pokémon caç'am. Eu é que sou o fornecedor.
- Oh filho, eu não sabia que os pokémons caç'am eram meninas!
- Oh mãe, que tolice. Não são. São rapazes.
- Mas filho, os machos não dão leite. (cof cof). Só as fêmeas. (neste momento, eu já estava a suar frio só de pensar que o meu menino estava a perder a inocência)
- Mas estes dão porque são muito raros.
- Mas como se não têm maminhas?
- Mãe, não dão pelas maminhas. Eles vomitam leite!

Vomitar leite... é tudo uma questão de perspectiva.